A amamentação ou aleitamento materno é o ato mais natural e amoroso que há entre mãe e filho. E por ser natural é o melhor alimento para o ser humano ao nascer. São inúmeros os benefícios para o bebê e também para a mãe. E com raríssimas exceções, todas as mulheres podem amamentar, mas é preciso se informar para não desistir na primeira dificuldade.
Quando uma mulher dá a luz e, em seguida, começa a amamentar, um dos primeiros pensamentos é: “como um bebê tão pequeno pode ter tanta força para sugar?”; “como isso dói!”. O que parecia tão fácil é na verdade mais difícil do que muitas mulheres pensavam. E muitas desistem achando que não são capazes de o fazer. Ainda mais, quando lembram de mães amamentando tranquilamente… parecia tão fácil…
A questão é que, depois de mais ou menos um mês ou dois de o bebê nascer, a amamentação torna-se mais fácil, pois a produção do leite já está mais regulada, o bebê já aprendeu a mamar corretamente e a mãe já sabe como o fazer. Daí não há mais tanta dor. Mas até esta fase chegar, muitas mães desistem.
A dor ocorre, normalmente, por não estar posicionando bem o bebê no seio, a chamada “pega correta”. Isto é essencial para que a mãe não sinta tanta dor, para que não crie feridas no mamilo e para que o bebê seja bem alimentado.
São alguns detalhes como este, que vão fazer toda a diferença na hora de amamentar. E o que vai garantir um bom aleitamento e nutrição da criança, que não precisará de mais nada para além do leite materno até os seis meses de idade.
Sim, apenas o leite materno. Nem mesmo água, para o espanto de muitos. E não, o bebê não vai ficar com sede, pois o leite materno se divide em basicamente três partes: água, leite e gordura. Quando o bebê começa a sugar o que sai é água, parecida com água de coco. Depois, começa a sugar o leite propriamente dito e por fim um leite mais amarelo, com gordura, que é o que faz com que o bebê fique saciado. Daí a importância de o bebê “esvaziar” o seio a cada mamada, para usufruir de todas as fases do leite.
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Benefícios para o bebê
Nas primeiras semanas de vida, o leite materno protege a criança de infecções intestinais, gases e prisão de ventre, além de ajudar na digestão. Ele também ajuda o bebê a desenvolver seu sistema imunológico reforçando-o contra alergias. E o movimento feito pela boca ao mamar, auxilia no desenvolvimento do palato e da mandíbula.
Os benefícios são muitos, desde nutricionais, biológicos, físicos a emocionais. E vale a pena ressaltar o fato de a maioria dos bebês amamentados por leite materno não terem as terríveis cólicas que tiram muitas noites de sono dos pais. E que tanta dor causam aos bebês, visto que o intestino ainda não está maduro o suficiente para outro tipo de alimentação que não o leite materno.
Benefícios para a mulher
São muitos, e para além do já citado em relação as cólicas do bebê, está o fato de ajudar a diminuir a hemorragia no pós parto, devida as contrações no útero ao amamentar, reduzindo assim as chances de anemia.
Diminui o risco de a mulher desenvolver uma série de doenças após a menopausa como a osteoporose, o câncer de útero e ovário. Além de doenças cardíacas e diabetes.
É gratuito e prático, pois não precisa lavar e esterilizar mamadeiras, esquentar água e esperar esfriar. E o mais importante, é extremamente gratificante ver o seu bebê crescendo feliz e saudável apenas com o seu leite.
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Composição do leite materno
A lista é grande, mas vale ressaltar os minerais, vitaminas, gordura e aminoácidos. Além disso, o leite contém nucleotídeos, que fornecem as bases para o DNA, os carboidratos, que dão energia auxiliando no crescimento, substâncias que auxiliam na maturação da mucosa intestinal e fatores antimicrobianos, utilizados pelo sistema imunológico para identificar e neutralizar partículas estranhas no organismo.
Quantidade de leite produzido
Mais ou menos um litro de leite por dia, é o que pode ser produzido por uma mulher. O bebê toma entre 200 e 250 mililitros. No entanto, as glândulas mamárias regulam a quantidade a ser produzida de acordo com as necessidades do bebê, produzindo mais ou menos leite. No entanto esta produção poderá ser afetada se for oferecida ao mesmo tempo a mamadeira ao bebê, bem como a extração do leite materno ou a oferta da fórmula, o leite em pó.
O colostro
É um leite mais amarelado e mais grosso que é produzido nos primeiros dias após o parto. Nele a quantidade de anticorpos e células maduras é muito maior do que no leite que virá depois. O colostro ajuda na imunização do bebê contra muitos vírus e bactérias que estão no ambiente. Além de ter substâncias que estimulam o intestino a se desenvolver.
Depois de algumas semanas, a mãe começa a produzir o leite “maduro”. Com aspecto e composição diferentes do colostro e contém proteína, lactose, vitaminas, minerais, água, gordura e todos os nutrientes que o bebê necessita para seu crescimento e desenvolvimento até os seis meses de idade.
Toda mulher que não tenha algum problema físico ou de saúde que a impeça de amamentar, pode o fazer, pois todas as mulheres produzem leite. Logo após o parto, a mãe já pode amamentar, no entanto, algumas mulheres levam mais tempo para o leite “subir”. Nestes casos, a mãe deverá insistir colocando o bebê para mamar, fazendo assim com que estimule as glândulas a produzirem o leite.
É importante ressaltar que não existe leite materno fraco, cada mãe produz o leite ideal para o seu bebê.
No caso de ter dificuldades em amamentar, procure o pediatra ou ginecologista para a ajudar. Mas fique atenta, pois infelizmente, é comum estes profissionais, que seriam os mais indicados para incentivarem e ajudarem na amamentação, acabarem por indicar a fórmula como complemento ou até como exclusivo. Se isto acontecer, procure outros médicos. De qualquer maneira, existe muita informação na internet. Abaixo alguns links:
E não esqueça: o seu leite é o melhor para o seu filho, e é o suficiente. Peça ajuda ao seu parceiro (a), familiares e amigos e não desista. Afinal, o que é melhor é normalmente mais difícil, mas vai sempre valer a pena. 😉
Parabéns Vica!!!Amei o texto,me sinto mais segura depois de ter lido..Bjão Helen