Produzindo comida “debaixo da terra”

Construa uma estufa subterrânea para cultivar alimentos o ano todo sem se preocupar com o inverno.

Esta estufa subterrânea é montada dentro da massa termal da terra, o que resulta em um baixo gasto de energia para manter a horta nas condições ideais de cultivo durante o ano inteiro, comparado ao cultivo superficial. A Walipini, como é chamada, possui algumas precauções para garantir impermeabilidade, drenagem e ventilação adequadas, e deve ser construída de modo a usar o sol a seu favor.

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Cultivar o alimento é uma necessidade diária, se estamos tentando nos tornar independentes e  mais autossuficientes, logo percebe-se que uma das grandes preocupações dessa busca é manter o abastecimento de comida, de maneira a manter uma alimentação saudável e nutritiva.

Métodos e tecnologias vem sendo desenvolvidos para garantir o cultivo: de hortas verticais à fazendas movidas à energia solar, nós estamos vendo como a tecnologia na agricultura vem crescendo a passos largos nos últimos anos. Mas para as pessoas que preferem algo um pouco mais rústico, o cultivo subterrâneo é uma das formas mais simples que se pode optar para ter vegetais fresquinhos o ano inteiro.

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Walipini, na língua indígena Amaraya, significa “local aquecido”, e é uma estufa subterrânea que utiliza uma cobertura transparente (geralmente de plástico), que mantém o calor e umidade provindos do sol e da evaporação da água, bem como a energia termal do subsolo. Dessa forma é possível cultivar verduras e frutas o ano todo, sendo ideais para regiões mais frias.

Esse método de cultivo não é exatamente novo, As Walipis, vem sendo usadas na América Central e do Sul a décadas, permitindo por exemplo o cultivo de bananas à 4.000m de altura nos Andes. A técnica vem sendo aperfeiçoada, e algumas experiências já mostram ser possível montar estufas de 120m2 com um investimento $300 dólares, como feito em La Paz (Bolívia) pelo The Benson Institute.

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Em resumo, uma Walipi, é uma horta retangular montada à 2 metros de profundidade no solo, coberta com plástico. O lado mais longo do retângulo aponta para o norte, para garantir maior captação de luz solar. Uma parede de terra com caimento garante um bom ângulo para a cobertura de plástico. Esse telhado protege o buraco, garantindo ventilação através das duas camadas de plástico (na base e no topo da estrutura do telhado), e permite que a luz solar entre, garantindo condições ideias para o cultivo.

Sou um mineiro, com pai fluminense, que mora em São Paulo e que não pertence a lugar algum, ou a todos eles. Na busca de me definir, preferi ser do mundo, pois é dele que me vem toda a inspiração para viver. Nele encontrei a literatura, a arte, a filosofia e a ciência que me fizeram ultrapassar as limitações de espaço e tempo. Se me perguntam o que faço ou do que gosto, digo que sou um observador e que aprecio o silêncio que envolve toda a simplicidade do mundo. Recentemente me (re)apaixonei pela natureza, confesso que não consigo mais esquecê-la.