A tecnologia nunca foi tão invasiva e, entre os habitantes de nossas cinzas selvas de pedra, a ideia de viver fora da rede, com menos, esta mais popular do que nunca.
Por tudo isso, seja bem vindo a esse singelo site; juntos formamos uma pequena rede de pessoas que buscam viver cada vez mais fora do sistema. No Jardim do Mundo, falamos sobre temas que vão desde a construção com técnicas naturais até instruções para desenvolver pequenos projetos a partir de seu próprio jardim e técnicas de meditação. Hoje, nós selecionamos 5 dos benefícios mais marcantes de se libertar do sistema, fechado como ele é.
1) Menos contas, mais liberdade
Uma maneira de mover sua casa gastando pouco é utilizando energia solar, tanto para acumular energia térmica como elétrica. A energia solar é o método mais popular para rodar uma casa fora do sistema. Existe um custo único para equipamentos e nenhum compromisso mensal. Certifique-se de que você tenha baterias para armazenar a energia, já que você vai precisar de eletricidade durante a noite. A compra de todo o equipamento necessário para a energia solar pode até ser caro. Então, certifique-se planejar bem antes de caminhar para fora da rede com tranquilidade.
2) Sem tantos itens desnecessários
Reduzir os itens de sua vida pode ser difícil. Livrar-se desses itens desnecessários pode ser um desafio para muitos. Para viver fora do sistema, você não vai precisar de tantos móveis caros ou todos esses copos, pratos e talheres em seus armários. Pense em elementos essenciais para a vida e em se livrar do resto. Esses itens desnecessários vão custar-lhe espaço, tempo e recursos valiosos.
3) Hábitos simples
Compras, festas e sair para comer fora pode em acrescentar despesas e gerar desperdícios de energia preciosos para as atividades diárias de uma vida fora da rede. Certamente alguns hábitos são mais difíceis de quebrar do que outros, muito embora que as compras seja o mais relativo deles. Ao viver fora da rede, você evita centros comerciais, shoppings e lojas de departamentos e resume suas compras nos elementos mais essenciais, valorizando seu trabalho e seu dinheiro.
4) Mudanças na dieta
Vivendo fora do sistema, você poderá cultivar suas próprias frutas e legumes. Você ainda pode ir para a cidade e fazer compras de alimentos orgânicos e outros itens. Você não vai precisar sair e caçar como um sobrevivente do Discovery Channel, a menos que deseje fazê-lo. Viver fora da rede não significa ser um recluso social ou se manter longe da cidade, embora duvidemos que você vai querer ir para a cidade muitas vezes.
5) Intensa vida social
Pode mesmo parecer contraditório mas não é. Você vai perceber assim que der os primeiros passos para fora da caixa. Seu contato com as pessoas será muito mais intenso. Viver fora do sistema significa utilizar ainda mais suas habilidades inatas de sociabilidade, aumentando seu leque de recursos e consequentemente aumentando a qualidade de vida pelo caminho mais natural possível para especies de mamíferos familiares, que buscam refúgio entre membro e satisfação através de relações interpessoais.
Viver fora da rede não é apenas para eremitas solitários, mas também para famílias. Você pode projetar sua própria casa a partir de materiais incríveis. Todos podem experimentar uma vida com menos tecnologia, mesmo que por um curto período de tempo e isso será muito significativo.
Gostaria de fazer um tipo de ressalva ou comentário para ver se alguém têm o mesmo “problema” que eu… o item 5, de intensa vida social só se concretiza quando vc finalmente “encontra sua turma” com estes mesmos pensamentos.
Pois dentro da família e com amigos que não estão nem um pouco preocupados em sair do sistema é difícil manter as relações em alta… já que o estilo de vida é diferente…
Não ter o um celular do momento, não ir sempre ao cinema, não comprar nada que realmente não precise, não comer em fast foods, não beber refrigerante, não curtir a música pop do momento, optar por não ir ao shopping, nem a festas que exijam que se arrume excessivamente e gaste com cabelereiro e roupas que não se tem… dentre outras manias da sociedade, exclui você de muitas muitas conversas numa roda, seus hobbies mais “naturais” não são compreendidos e vc se sente um peixe fora d’água.
Concordo plenamente. E sem dúvida as tuas escolhas são as certas. Sabemos que essa vida tão artificial que nos cerca é de mentira, não nos dá felicidade de verdade. Consequentemente, essa intensa vida social só é possível entre nós, infelizmente. Podemos manter o amor e respeito por amigos e familiares, mas um convívio intenso torna-se impossível.
Nathachi, acho que por intensa eles quiseram dizer de forma mais literal, intenso no sentido de conexão não de movimentação e quantidade, entende? E acho que deve ser bem verdadeiro porque não é só uma questão de encontrar pessoas que pensam como nós, mas que estão abertas a compreender e aceitar aquilo que elas não são tão compatíveis com a gente. E levando em consideração a construção das relações pessoais e interpessoais da nossa sociedade tradicional isso só é possível com pessoas que se desprenderam de muitas coisas, principalmente internamente. Por isso, percebo que quanto mais largamos mão desse tipo de contato, menos queremos fazer parte desses grupos e mais procuramos por pessoas livres. Acho que quanto mais nos libertamos, mais intensas as coisas se tornam porque saímos do automático… Acho que é a esse “intenso” que eles se referiram 🙂
O texto quis dizer intensa vida social quando você encontrar a sua “turma do mato” e não os falsos amigos da faculdade, trabalho, vizinhos ou facebook que nós nunca encontramos pessoalmente.
Adorei ter encontrado este blog, quero isso a muito tempo.
maravilhosos, na vida na cidade algumas dessas coisas ficam limitadas, mas com certeza a busca de um estilo mais simples é possivel em qqr lugar!
Eu fiz isso tudo a 5 anos atras com minha familia, larguei tudo apos uma longa preparacao, assim como manda o figurino. Nossa nova moradia nao era tao radical como uma cabana de barro, era a antiga casa de sitio de um avo no interior de SP reformada, e a cidade estava apenas a 20 km de distancia,. Com muita alegria e forca de vontade finalmente mudamos da cidade para este lugar no meio da natureza. Porem, apos 2 semanas vivendo esta nova ideia, uma coisa aconteceu. E porisso que eu conto aqui, porque ninguem me contou antes e eu nao me preparei para isso. Minhas criancas foram picadas pelo bicho barbeiro, um que vive na mata alimentando-se de animais silvestres e entra em casa a noite, pior que ladrao urbano, ele deixa uma doenca de chagas e destroi esse sonho de viver fora do sistema pela raiz, te faz ficar mais preso ao sistema do que nunca voce foi, dependente de remedios, hospitais, clinicas, doutores que nada sabem sobre o tema e nada querem fazer, organizacoes que tiram sarro da sua cara como a sucen, e a secretaria da saude, e ainda essa doenca ameaca matar sua familia diante dos teus olhos sem voce poder fazer nada! O que fazer agora ? … eu ja indagava um mes apos nossa “nova vida” ter comecado, pois estava mais proximo da morte do que nunca. Entao minha gente que tem a minha ideia, passo essa frustrante experiencia para que estejam preparados, se nao quiserem desinsetizar a casa todos os meses, durmam em barracas de acampamento fechadas com tela dentro de seu proprio quarto, mosquiteiros nao sao adequados para este inseto. Tambem nao ha informacao publica sobre este problema, que esta sendo abafado e negligenciado pelo ministerio. As matas do interior estao infestadas de insetos contaminados naturalmente! Sigam em frente mas tenham muito cuidado!
Concordo com vc…. mas primeiro pq a sociabilidade ao meu ver, já esta totalmente artificial, para socializar as pessoas precisam ir a barzinhos, baladas, shoppings, cinema, restaurantes, mas ir na sua casa te visitar não é sociabilizar, principalmente entre as pessoas de 18 a 35 anos (por aí)….. eu não frequento nenhum destes lugares, meu círculo de amizades é quase nulo, andar em turma que pensa como eu tb não acho ser o caminho, pq viver numa bolha de gente igualzinha cria só mais um sistema de controle, parece que não, mas….. é só observar os fatos, não é produtivo nem do ponto de vista de ter pensamento livre e independente,já tive a experiência e achei catastrófico….. por isso, troco ideia com todo mundo em algum nível, mas o nível mais profundo da troca não ocorre, é bem raro….
A família tb é complicado, moro com minha mãe, aos poucos estou trazendo ela pro meu lado, afinal, ela esta tendo de lidar com as mudanças que aos poucos tenho implementado na nossa casa….. mas ela é do jeito dela, e eu sou do meu jeito…. é melhor ser um peixe fora dágua do que ser só mais um peixe no cardume, gosto da minha liberdade e da minha independência, sei o que é valoroso para mim