A primavera é a estação mais florida do ano.
Essa época é marcada pelo nascimento e florescimento da vegetação, o que nos leva a crer que é mesmo um tempo de despertar, de renovação e de recomeço.
Primavera é sinônimo de transformação!
Toda vida existente nesse endereço cósmico chamado terra, e em todos os demais universos, precisa passar por processos de mudança, pois tudo aquilo que não muda, perece.
As transformações ocorrerão independente da nossa vontade, e já que são inevitáveis, melhor tentarmos direcioná-las para evoluirmos enquanto seres humanos, enquanto seres espirituais.
Nossa metamorfose é constante, diária, mas em grande parte de nossas vidas não estamos conscientes dessas modificações, e isso é ruim, uma vez que podemos nos transformar em algo muito diferente do que gostaríamos de ser.
As quatro estações do ano representam ciclos diferentes da natureza, marcados pela variação da incidência de raios solares sobre o nosso planeta e por mais uma série de características específicas como temperatura, regime de chuvas e duração dos dias.
Cada estação do ano é única, assim como cada etapa das nossas vidas também é.
Na primavera, podemos aproveitar a energia natural de renovação para buscarmos alguns instantes de silêncio e refletirmos sobre como temos agido conosco e com as outras vidas que nos acompanham nessa caminhada, sejam humanos, animais ou vegetais.
Essas observações pessoais, internas, não se relacionam com tentativas doentias de controle, mas sim com reconhecimento, aceitação e mudança; têm a ver com resiliência.
Uma autoavaliação consciente, silenciosa, pode resultar em um reconhecimento honesto de nossas melhores e piores características e, consequentemente, de nossas verdades.
Como vivemos? Com quem dividimos nosso tempo? O que é prioridade nos nossos dias? O que nos aflige e por que isso ocorre? Cuidamos de nós mesmos? Cuidamos dos nossos semelhantes? Tratamos com respeito e dignidade os nossos irmãos menores (animais)? Respeitamos o nosso planeta? Nossa vida é sustentável?
Essas são algumas das possíveis perguntas que podemos fazer para nos conhecermos melhor e assim promovermos inúmeras modificações, internas e externas.
Somos o resultado de nossos pensamentos, sentimentos, escolhas e ações. Nosso poder de definição, de livre arbítrio, termina no momento em que concretizamos uma escolha, e o que resultar dessa atitude não estará mais ao nosso alcance.
Não temos como fugir das consequências de nossos atos.
Se pensarmos no que queremos comemorar no próximo ano (ou em outra data futura), chegaremos facilmente à conclusão de como podemos ser hoje.
Hoje é o nosso momento. No hoje está a minha, a nossa, semente para a próxima primavera.
Sem reflexão, sem uma pausa nessa vida acelerada, repleta de distrações e de consumo desnecessário, dificilmente será possível compreender o caminho que estamos trilhando.
Dificilmente será possível alterar nossa estrada sem nos conhecermos antes.
Se a primavera terminou, cada pessoa ainda pode criar a sua própria estação de renascimento, independente da época do ano, e para que isso ocorra basta reservar alguns minutos do dia para a autorreflexão, que é o início de toda e qualquer mudança consciente.
Cada dia que se inicia é uma dádiva do universo, premiada com 24 horas para sermos mudança, novidade, esperança.
Então que sejamos primavera sempre!!!!