Que tal conhecer a capital catarinense fugindo dos clichês?!
Ah, nossa querida Floripa! Atrai cada vez mais haoles turistas de todo o mundo. O turismo se tornou massivo na ilha, resultando em praias lotadas, congestionamento, música alta, aglomerações e restaurante lotados.
Se você, como nós, prefere lugares alternativos e sem roteirinhos manjados, a convite da Expedia, iremos revelar três belezas escondidas de Floripa que são um espetáculo da natureza.
1- Secret Point da Joaca
O nome já reflete o ciúme que os nativos têm dessa praia. Aventurar-se por ali compensa pela linda panorâmica do costão que divide a Ponta do Gravatá e a Praia da Joaquina e pela paisagem a partir do morro que revela uma adorável praia selvagem. A praia é pequena e conta com uma enseada de pedras de areia branquinha, dependendo da maré. O local é procurado por surfistas e pelos trilheiros mais bem informados e dispostos.
A caminhada compensa demais, iniciando a partir do fim de uma rua sem saída, cruzando a vegetação nativa, de inicio mais fechada e se abrindo ao se aproximar da descida para praia. Se trata de uma trilha fácil mas que requer atenção pois cruza outras trilhas menores e conhecidas apenas por pescadores e exploradores mais experientes.
O lugar é mesmo secreto, tanto que nem quiosques ou vendedores são encontrados pelo trajeto apenas um rancho de pescadores que serve de abrigo para barcos, portanto, leve água e lanche.
Para chegar ao Secret Point
A trilha é de nível fácil e dura cerca de 40 minutos, começa na Servidão Mata Atlântica, entre a Lagoa da Conceição e a Joaquina. É a primeira ruazinha depois do Beco dos Surfistas.
Os nativos e os surfistas locais podem ser protecionistas, por isso, tente não passar por ali falando alto e importunando a paz do local. Aliás, essa dica é valida para qualquer destino, vá “na manha” e se precisar pedir informação, seja simpático e educado.
2- Trilha da Oração
A trilha da oração, também chamada de trilha paleo-arqueológica, é um santuário arqueo-astronômico. Nela encontra-se um conjunto de Monumentos Megalíticos típicos das sociedades pré-históricas, as pedras posicionadas de forma estratégica, demonstrando exatamente o momento que ocorrem os fenômenos de equinócio e solstício.
Esses monumentos Megalíticos formam um dos mais complexos observatórios e calendário astronômico primitivo do litoral brasileiro. Acredita-se que os primeiros habitantes da Ilha de Santa Catarina possuíam conhecimentos astronômicos e matemáticos, mas sem saber ao certo quem dispunha de tecnologia para construir tais calendários (é o mesmo mistério que envolve os megálitos da Ilha de Páscoa e as Pirâmides do Egito. Os índios e pré-índios usavam esse calendário para uma série de atividades cotidianas como a pesca, plantio, colheita, caça e provavelmente para o ritual da fertilidade.
Os dois quilômetros de percurso com saída na Fortaleza da Barra da Lagoa revelam inscrições rupestres, pontos energéticos, observatórios naturais de astros e até uma sauna primitiva. A trilha ainda nos presenteia com uma das mais deslumbrantes vistas de Floripa, no ponto mais alto do morro é possível ver a ilha em 360 graus. É um espetáculo único e merece ser contemplado!
Para chegar até a Trilha da Oração
A trilha é de nível fácil e dura cerca de 50 minutos. Indo em direção a Barra da Lagoa entre na rua Laurindo José de Souza, 188. Fortaleza da Barra da Lagoa. Abre de segunda à sábado, das 9h da manhã até as 16h da tarde. Fica localizada em uma propriedade particular por isso é necessário pagar 15,00 reais para ajudar na manutenção do lugar. Passeios guiados podem ser agendado por meio do site do IMMA e custam 30,00 reais por pessoa.
3- Praia do Gravatá
A praia do Gravatá é pequena em extensão e grande em beleza, a prainha tem apenas 60 metros de areia mas conta com um mar verde esmeralda de ondas calmas. Seu costão exibe enormes pedras que chamam atenção devido aos seus formatos extraordinários. É com certeza, um paraíso escondido!
O começo da trilha tem um acesso bem discreto pela Rodovia Jornalista Manoel de Menezes, na famosa subida da Mole, entre a avenida das Rendeiras e a praia Mole, iniciando em uma íngreme ladeira cimentada. Apesar de o trajeto começar morro acima, o nível da caminhada é leve e não exige muito preparo físico.
Depois de caminhar uns dez minutos, logo a esquerda você chegará em um mirante e será presenteado com uma vista digna de cartão postal, é a Praia Mole e uma parte da Galheta de um ângulo privilegiadíssimo.
Depois de descansar no gramado e contemplar o primeiro mirante, é hora de voltar para trilha e caminhar por mais uns quarenta minutos para chegar até a praia. O caminho, apesar de não ser difícil, tem alguns trechos de sobe e desce num terreno acidentado.
A praia é bem preservada, no local há apenas uma casinha de madeira, que na verdade é um rancho utilizado por pescadores da região.
Nos dois lados da prainha há diversas pedras fáceis de subir e que são ponto perfeito para aquele salto na água que traz o frescor das aventuras de infância. São inúmeros os peixinhos que se pode ver nas águas claras e quentes desse pequeno refúgio.
Além da praia, não pode deixar de conhecer o canto mais direito da ponta do Gravatá é só subir até chegar ao costão de pedras e relaxar apreciando mais uma vista panorâmica. O lugar possui vários vestígios arqueológicos, como oficinas líticas e monólitos, além de ter servido como ponto de observação astronômica e ritualístico dos primeiros habitantes, há milhares de anos.
Assim como o Secret Point essa praia também não tem nada de estrutura a beira mar, então vá preparado com tudo o que precisar para passar o dia apreciando o local.
Para chegar até a Praia do Gravatá
A entrada da trilha fica na estrada SC-406, Estrada Geral da Barra da Lagoa na altura do número 344, entrando no acesso para rampa do Parapente Sul. O tempo de caminhada é de aproximadamente 50 minutos, incluindo as paradas e o nível de dificuldade é fácil.
Para iniciantes
– Em uma mochila, leve repelente, água, filtro solar, lanche e um saco para o lixo
– Não deixe pontas de cigarro acesas para trás, pela sujeira e pelo risco de incêndios
– Na dúvida entre caminhos, escolha o mais marcado. E evite trilhas secundárias
– Use tênis. Mas nunca opte por modelos novos
Agora que já sabe onde ir na ilha, confira as opções de hotéis em Florianópolis.
Boa Trilha!