São Paulo, 2018, aula de forró. Participantes jovens, homens e mulheres, de diferentes orientações sexuais. A professora avisa que ali, dama e cavalheiro são posições na dança e nada tem a ver com gênero. E que, assim como na yoga, como dançamos reflete como agimos.
Ela brinca sobre comportamentos no forró e na aula: há aqueles que colocam os corpos excessivamente próximos de uma maneira sexualizante e aqueles que, demonstrando quase um medo do outro, se mantém excessivamente distantes, dificultando a condução. Poucos sabem a medida ideal entre entregar seu corpo ao outro com confiança e controlá-lo com atenção e leveza. Quatro aulas depois, oito horas de experiências no próprio corpo e no corpo alheio, uma turma sente que até está dançando mais forró, mas que principalmente aprendeu sobre confiança e entrega, sobre se relacionar com o outro.