Em toda e qualquer idade é possível aprender algo novo, é possível experienciar algo diferente, é possível ser melhor, mais criativo.
Pra você que pensa que viver a vida de forma criativa é apenas para artistas, músicos, pintores e o pessoal do design, marketing e áreas fins, vem comigo que eu vou te explicar como pode ser simples.
Segundo algumas teorias do processo de aprendizagem, o conhecimento é desenvolvido através de estágios que vão variando de acordo com a idade.
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Quando nascemos somos como esponjas, possuímos muitos bilhões de neurônios, por isso somos extremamente curiosos para conhecer tudo que nos cerca. Nos primeiros anos de vida fazemos inúmeras conexões com tudo que é material e até com o mundo sutil, ou seja, a forma como as pessoas se expressam nos marcam profundamente, o tom de voz, os sentimentos, a vibração dos ambientes, tudo nos afeta, consciente ou inconscientemente e por aí vai!
Vamos recebendo todas essas inúmeras informações e compilamos num imenso “arquivo”. Quando precisamos de alguma delas, fazemos uma varredura no sistema para captar a pasta na qual foi armazenada, assim vamos aumentando nosso repertório de conhecimento e aplicabilidade do mesmos.
A medida que crescemos vamos aprendendo a utilizar a imaginação de forma criativa e por muitas vezes somos bloqueados por diversas maneiras. Falas pré elaboradas de nossos pais e educadores e da sociedade, de forma geral, como por exemplo: “ isso não é da sua conta”, “você não precisa pensar nisso”, “isso é coisa de gente grande”, ” você não é capaz” , ” é apenas um carrinho”, “caixas servem para guardar coisas”, são algumas formas de bloquear nossa imaginação.
Assim, as crenças limitantes vão sendo inseridas na nossa mente e vamos vivendo a vida no piloto automático, indo com a maioria, decidindo como a maioria e nos distanciando daquilo que nos realiza, que nos traz alegria e principalmente que nos faz sermos diferenciados das outras espécies.
O uso das virtudes humanas, como empatia, colaboração, justiça, beleza e amor, habilidades interpessoais e intrapessoais que nos fazem nos conectarmos com as demais pessoas e conosco mesmo de forma efetiva e profunda. Essas virtudes atuam de forma a gerenciar melhor nossas emoções e administrar nossos pensamentos com mais inteligência, observando melhor a tudo, a todos e o todo.
Encontrei o aconchego nessa grande lacuna de viver de forma criativa que é quase uma exigência da sociedade moderna, superando meus limites e desbloqueando a mente. Porém de forma respeitosa comigo mesma, através da observação da vida e da natureza, dos seus processos que são extremamente criativos.
Essa grande nave mãe, “na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”, podemos extrair dela grande fonte de conhecimento para sustentar nossa vida de forma equilibrada. Ou seja, sem achar que eu preciso estar todo tempo criando algo inovador, ou sendo alguém espetacular e também sem achar que eu não sou alguém criativa, ou boa o bastante, merecedora de ter boas idéias e coloca-las em prática. Apenas vou observando o tempo de cada coisa, tem períodos que me sinto extremamente criativa e expansiva.
Tendo em vista que criatividade não é só criar coisas, objetos materiais, mais sim, principalmente, pensar em soluções diferentes para problemas do cotidiano, sejam eles de ordem existenciais, materiais, pessoais, profissionais e em todas as áreas do conhecimento e das relações humanas. Tem outros tantos períodos que me sinto mais introspectiva, mas nem por isso menos criativa é só uma forma diferente de expressar minha criatividade, minha imaginação e meus sentimentos.
Neste momento que estamos adentramos no inverno aqui no hemisfério sul, é um período de temperaturas amenas e de intensa conversa interior, nossas forças estão concentradas em nossa essência.
Assim como nas plantas, a força se concentra nas raízes nessa época do ano, se você não aproveitar esse período para fazer essa autocontemplação, reflexão e análise, não terá flores para florescer na primavera e frutos para oferecer no verão.
Aproveite os exemplos que a natureza pode lhe oferecer para extrair de você o que tem de mais belo. Todo processo criativo exige uma incubação, um tempo de recolhimento, de conversa interior, quanto melhor for a sua autoanálise melhores serão as flores e frutos.
Observe a vida de um rio. Vai dizer que não acha criativo contornar todos os obstáculos e seguir o fluxo sempre em frente?! Um passarinho que transforma galhos em ninhos, a natureza é fantástica e criativa desde a origem, inspire-se nela e sua vida pode ganhar novas versões, novo jeito de ser e olhar, com mais vitalidade e plenitude.
É preciso desconstruir aquilo que acreditamos ser nós mesmos, para renovarmos, reinventarmos e renascermos mais fortes, flexíveis e desapegados.
Nós podemos aprender algo novo diariamente, basta que tenhamos disponibilidade interior para experienciar o novo. Pode ser um tempero, um cheiro, um caminho, um olhar, uma música, um livro, uma poesia, um sorriso, o vento, a chuva, os pés descalços, uma flor, uma criança, um tempo pra mim ou uma dança!
Um bom inverno, muito chá quente, coberta e principalmente companhia boa, calor humano, empatia, compaixão!