E começamos a primavera, com novas histórias e novas possibilidades! Que fique somente o que tem raiz boa e solo firme e fértil!
E é sobre Solo Fértil que vamos falar hoje. Para realmente reverter a mudança climática, não basta apenas adotar carros elétricos, parques eólicos e painéis solares. Há uma solução que pode funcionar e está “bem debaixo dos nossos pés”: o solo.
A agrônoma Ana Maria Primavesi já ensinava a importância do solo desde os anos 50, com ela aprendemos o quão importante é regenerar solos degradados pela monocultura e pecuária.
Solo Fértil (Kiss the Ground) regenerando a esperança
Como o solo da Terra pode ser fundamental para o combate às mudanças climáticas e a preservação do planeta é o tema do documentário “Solo Fértil”, lançado recentemente pela Netflix.
O documentário conta com um grupo revolucionário de ativistas, cientistas e agricultores que se unem no movimento global de Agricultura Regenerativa, que tem como objetivo equilibrar nosso clima, reabastecer nosso vasto suprimento de água e alimentar o mundo.
“Há tantas notícias ruins sobre o nosso planeta que são avassaladoras. O medo de estarmos indo para um penhasco deixa a maioria de nós em um estado de paralisia. A verdade é que desisti. E as chances são você também. Mas e se houvesse outro caminho?”, diz o narrador e ator Woody Harrelson no início do documentário.
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Com 85 minutos de duração, o filme explora os princípios-chave da saúde do solo e da agricultura regenerativa. Entre os assuntos abordados estão: como restaurar as massas de terra degradadas da Terra, regenerar o solo e mudar a forma de cultivo e pastoreio. O solo recuperado tem a capacidade única de “puxar” e sequestrar grandes quantidades de dióxido de carbono, metano e outros gases de efeito estufa.
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“Quando você fala com as pessoas sobre esta grande tecnologia que existe há milhões de anos que tira carbono da atmosfera e o armazena com segurança no solo, e é chamada de plantas que trabalham com microrganismos do solo, parece muito simples!” exclama Kristin Ohlson, autora de “The Soil Will Save Us”.
O documentário se concentra em dois líderes do movimento de agricultura regenerativa, Ray Archuleta e Gabe Brown. O agrônomo conservacionista Archuleta cruza o país para educar os agricultores sobre práticas que manterão seu solo saudável.
Depois de quase falir devido a repetidas tempestades de granizo e secas, Brown, da Dakota do Norte, abandonou sua operação agrícola convencional. Ele se voltou para a pecuária regenerativa, plantio direto e diversificação de safras, e descobriu que poderia ganhar mais dinheiro sem subsídios do governo.
“De acordo com as Nações Unidas, a camada superficial do solo do mundo desaparecerá em sessenta anos”, diz Harrelson, “Em outras palavras, a menos que encontremos uma maneira de salvar nossos solos, temos 60 safras restantes.”
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“Kiss the Ground”, produzido por Josh e Rebecca Tickell, Harrell Tickell e Bill Benenson e também os brasileiros Pedro Paulo Diniz, fundador da Fazenda da Toca e a modelo Gisele Bundchen estreou em 22 de setembro na Netflix celebrando a primavera.
Vale a pena assistir, somente lamento que com 2 brasileiros na produção não tenham exemplos vindo do Brasil já que contamos com grandes mestres da área.